Algumas informações sobre os Anabantídeos e o Betta splendens
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FÓRUM BETTA SÃO PAULO :: OUTROS PEIXES e CIA - (seção destinada aos outros peixes ornamentais, invertebrados e plantas aquáticas)
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Algumas informações sobre os Anabantídeos e o Betta splendens
O texto a seguir foi extraído, na íntegra, do livro "O Aquário de Água Doce" do autor Paulo de Oliveira - Editorial Presença/Martins Fontes - Coleção Cultura e Tempos Livres (escrito no início da década de 1980):
Anabantídeos:
Betta splendens Regan:
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Técnico de Laboratório
Técnico Veterinário
Anabantídeos:
Os Anabantídeos distribuem-se pela África e Sul da Ásia. Apresentam como principal característica um órgão, chamado labirinto, que lhes permite efetuar uma respiração acessória de ar atmosférico. O labirinto consiste numa massa de estrutura foliácea coberta por uma camada bastante vascularizada e encontra-se situado na parte superior de ambas as câmaras branquiais. O peixe apanha à superfície uma bolha de ar, que é dirigida para o labirinto, onde se dão as trocas gasosas: absorção de oxigênio e eliminação de anidrido carbônico. Esta respiração acessória é tão importante como a branquial e o peixe não pode viver só com um destes tipos de respiração.
O labirinto não existe à nascença, só se desenvolve passadas umas semanas.
Este tipo de respiração permite a estes peixes viverem em águas muito pobres em oxigênio. De fato, o seu habitat natural são os canais de irrigação, os campos de cultivo do arroz ou outras águas paradas e pouco profundas. Por isso dão-se bem em cativeiro e não necessitam de um aquário muito espaçoso.
O seu tipo de reprodução é bastante curioso. O macho faz um ninho de bolhas à superfície, geralmente entre as plantas flutuantes, e depois dirige para aí a fêmea, por vezes com bastante violência. Após várias tentativas, o macho abraça a fêmea com o seu corpo e, obrigando-a a inverter-se, girando sobre si própria, exerce-lhe uma ligeira pressão sobre o ventre, de mode a que os ovos sejam expelidos. Depois o macho recolhe os ovos dispersos e coloca-os no ninho. Esta manobra repete-se várias vezes, até à exaustão dos ovos. Nesta altura a fêmea deve ser retirada, pois geralmente é maltratada pelo macho, que guarda zelosamente os ovos, reforçando continuamente o ninho. Após a eclosão o macho deve ser também retirado.
O labirinto não existe à nascença, só se desenvolve passadas umas semanas.
Este tipo de respiração permite a estes peixes viverem em águas muito pobres em oxigênio. De fato, o seu habitat natural são os canais de irrigação, os campos de cultivo do arroz ou outras águas paradas e pouco profundas. Por isso dão-se bem em cativeiro e não necessitam de um aquário muito espaçoso.
O seu tipo de reprodução é bastante curioso. O macho faz um ninho de bolhas à superfície, geralmente entre as plantas flutuantes, e depois dirige para aí a fêmea, por vezes com bastante violência. Após várias tentativas, o macho abraça a fêmea com o seu corpo e, obrigando-a a inverter-se, girando sobre si própria, exerce-lhe uma ligeira pressão sobre o ventre, de mode a que os ovos sejam expelidos. Depois o macho recolhe os ovos dispersos e coloca-os no ninho. Esta manobra repete-se várias vezes, até à exaustão dos ovos. Nesta altura a fêmea deve ser retirada, pois geralmente é maltratada pelo macho, que guarda zelosamente os ovos, reforçando continuamente o ninho. Após a eclosão o macho deve ser também retirado.
Betta splendens Regan:
Nome vulgar: Betta, combatente.
Origem: Tailândia, Malásia.
Comprimento: Até 10 cm.
Água: De preferência velha; 23-32°C.
Comida: Larvas de mosquito, comida seca.
Dimorfismo sexual: Os machos são mais coloridos e têm as barbatanas maiores.
Coloração: Foram desenvolvidas muitas variedades : verdes, azuis, vermelhos.
Gostam de um aquário com água velha e com plantas flutuantes. São agressivos, tanto entre si como para com outro peixes. Os machos lutam inevitavelmente entre si, de barbatanas distendidas e opérculos abertos, pelo que são utilizados no Oriente em lutas organizadas, onde se fazem apostas avultadas. A coloração vistosa e as barbatanas grandes foram conseguidas através de seleção e não existem nos exemplares selvagens. A sua reprodução é fácil; basta ter um macho e uma fêmea compatíveis. O macho faz um ninho de bolhas à superfície, onde são colocados os ovos, em número de 300 a 500 . A eclosão dá-se em 30 a 40 horas a 30°C e os alevinos mantêm-se no ninho durante 3 dias de reabsorção de saco vitelino. Quando começam a nadar podem comer infusórios e depois comida seca pulverizada ou Artêmia recém-nascida.
Origem: Tailândia, Malásia.
Comprimento: Até 10 cm.
Água: De preferência velha; 23-32°C.
Comida: Larvas de mosquito, comida seca.
Dimorfismo sexual: Os machos são mais coloridos e têm as barbatanas maiores.
Coloração: Foram desenvolvidas muitas variedades : verdes, azuis, vermelhos.
Gostam de um aquário com água velha e com plantas flutuantes. São agressivos, tanto entre si como para com outro peixes. Os machos lutam inevitavelmente entre si, de barbatanas distendidas e opérculos abertos, pelo que são utilizados no Oriente em lutas organizadas, onde se fazem apostas avultadas. A coloração vistosa e as barbatanas grandes foram conseguidas através de seleção e não existem nos exemplares selvagens. A sua reprodução é fácil; basta ter um macho e uma fêmea compatíveis. O macho faz um ninho de bolhas à superfície, onde são colocados os ovos, em número de 300 a 500 . A eclosão dá-se em 30 a 40 horas a 30°C e os alevinos mantêm-se no ninho durante 3 dias de reabsorção de saco vitelino. Quando começam a nadar podem comer infusórios e depois comida seca pulverizada ou Artêmia recém-nascida.
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Técnico de Laboratório
Técnico Veterinário
Re: Algumas informações sobre os Anabantídeos e o Betta splendens
Mesmo sendo antigo, este texto tem informações valiosas; o livro "O Aquário de Água Doce" foi considerado durante muito tempo como a "Bíblia" do aquarismo doce.
Abç.
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Médico Veterinário
Abç.
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Médico Veterinário
Alessandro Marcondes- Mensagens : 71
Data de inscrição : 27/07/2012
Idade : 57
Localização : Porto Alegre/RS
Re: Algumas informações sobre os Anabantídeos e o Betta splendens
Já vi esse livro, embora seja antigo ele é excelente, tem muitas informações sobre várias espécies de peixes ornamentais.
Beijos!
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Bióloga
Beijos!
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Bióloga
Carla Gusmão- Mensagens : 257
Data de inscrição : 27/07/2012
Idade : 38
Localização : São Paulo/SP
Franbene- Mensagens : 9
Data de inscrição : 17/11/2012
Idade : 43
Localização : São Paulo/SP
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